quarta-feira, 21 de julho de 2010

"A hora e a vez do cabelo nascer"

A hora de cortar o cabelo sempre me inquieta. Geralmente, antes de tomar a decisão de entregar minha cabeça à tesoura, “Gilette”, dedos, pentes e produtos pra cabelo (sim, produtos que sempre passam no meu cabelo mesmo que praticamente todo ele seja removido logo depois), eu me pego no espelho pensando: “porra, não dá mais... ta feio velho!”
Aí penso no melhor custo benefício e chego ao veredicto final: vou gastar 5 reais. Afinal de contas, nunca me entrou na cabeça pagar mais do que isso pra que tirem os cabelos. Se ainda fossem colocar onde já não tem, aí sim, talvez pagasse 15 contos! Não mais que isso!
Finalmente adentrando ao recinto, com várias pessoas femininas, sinto algo estranho: as pessoas não olham pra mim, mas pros meus cabelos. De fato, eu também olharia do jeito que estavam hoje... Eu me lembrava do Reginaldo Rossi toda vez que ia escovar os dentes.
No fim, aquela cabeleireira gatinha que eu escolheria nunca é a que se levanta e diz: sente aí meu amor. Mas pelo menos a pessoa que me disse isso HOJE me parecia bem intencionada (com meu cabelo logicamente).
Enfim a pergunta derradeira: Sim moço como vai ser?
Será que só eu nunca sei dizer como é que eu queria? Será que existem novos nomes, diferentes daqueles que minha mãe dizia quando eu era criança e eu não fui informado (estilo militar, sorvetão, estilo militar, sorvetão... nomes estranhos hein)? Será que eu deveria pegar uma revista e apontar um cara famoso e dizer: é assim que eu quero parecer! Nossa, que cabelos!
Não, eu sempre caio na besteira de explicar, mas parece que quem corta cabelo passou por um curso no qual a regra principal é: Sempre negue o primeiro pedido do cliente! Sim, pois sempre escuto: -Raspar? Humm... olha, não quer que eu corte com a tesoura? Ah, assim (Careta de reprovação)? Não queres que eu primeiro faça desse jeito, aí tu vê se fica bom...
Droga! Se ainda tivessem assinaturas de revistas interessantes (playboy, quatro rodas, duas rodas, etc.), mas só tem revista “QUEM”(na qual eu sempre sinto um desejo enorme de por uma interrogação do mesmo tamanho: QUEM??? Afinal, não conheço quase ninguém daquela revista). Então só me resta pensar sobre a vida, sobre o porquê de escutarem a novela tão alta, por que cortar com a tesoura se com a máquina ficaria do mesmo jeito, por que...: -moço, acabou, é 5 reais!
No final das contas eu vejo que ficou bom! Pelos 5 reais logicamente e pela quantidade beeeem menor de shampoo com a qual eu passo a lavar o que me resta dos cabelos.

Um comentário:

  1. Pior é quando o cara põe o espelho pra tu ver se ficou bom. Tu percebes que ficou ruim. Dá vontade de dizer: "Gruda de novo meu cabelo e recomeça a cortar!"

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